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Sobre o Islã
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três ou quatro. Eu era o mais otimista de todos. Gra-
ças à minha experiência nesse campo, eu imaginei que
o fogo produzido pela gasolina do avião iria derreter o
aço da estrutura do prédio, e desabariam apenas a área
contra a qual o avião se chocou e os andares acima.
Isso foi tudo o que esperávamos.
Como todos sabemos, as duas torres desabaram integral-
mente: terrorista competente, mau engenheiro. Mas Bin La-
den não se preocupa com o erro de cálculo. Pouco antes de
relatar como tudo tinha sido estudado, ele já tinha comemo-
rado o efeito de propaganda proporcionado pelo atentado.
E exagera:
As palavras foram entendidas por árabes e não-ára-
bes, até mesmo pelos chineses. Superam tudo o que a
mídia dizia. Alguns disseram que na Holanda, em um
dos centros [islâmicos], o número de pessoas que acei-
tou o Islã nos dias que se seguiram às operações foi
maior do que o número de pessoas que aceitou o Islã
nos últimos 11 anos somados.
Logo, logo, porém, Bin Laden não resiste, entra na disputa
pelo sobrenatural e começa a contar vantagem:
Abu al-Hasan al-Masri me disse um ano atrás: “Eu
vi num sonho. Nós estávamos jogando futebol contra
os americanos. Quando nosso time entrou em campo,
nós éramos todos pilotos!” Ele me disse: “Então eu me
perguntei se aquilo era um jogo de futebol ou um jogo
de pilotos! Nossos jogadores eram pilotos!” ��� ���
Abu al-
Hasan não sabia de nada sobre a operação até ouvir as
notícias no rádio. Ele havia me contado que o jogo foi
adiante e que nós derrotamos os americanos. O sonho
foi um bom augúrio para nós.
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